sábado, 28 de setembro de 2013

Inclusão e Integração

Para responder a este fórum, houve a necessidade de buscar alguns conceitos na literatura atual sobre a educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Dentre estes conceitos estudados destaco os seguintes: Para Mittler, 2003 “A integração envolve preparar os alunos para serem colocados nas escolas regulares, o que implica um conceito de ‘prontidão’ para transferir o aluno da escola especial para a escola regular (Blamires, 1999). O aluno deve adaptar-se a escola, e não há necessariamente uma perspectiva de que a escola mudará para acomodar uma diversidade cada vez maior de alunos. A integração significa tornar as escolas regulares em escolas especiais através da transposição das melhores práticas, dos melhores professores e dos melhores equipamentos das escolas especiais para o sistema regular de ensino, mesmo quando eles parecem não ser necessários”(IN: Machado, 2009, p. 34) Hoje, no trabalho que acompanho, vejo muitas características desta integração, quando nos discursos dos professores ouvimos que os alunos devem se igualar aos demais, tem que acompanhar a mesma aula tradicional planejada para todos, receber o mesmo instrumento de avaliação e, mesmo não acompanhando, não conseguindo, para não dar trabalho ao professor, recebem uma nota suficiente para a aprovação, pois “não vai conseguir aprender mesmo”, ao mesmo tempo que reclamam da falta de recurso (questiono qual?), falta de apoio, falta de formação e, principalmente jogam a responsabilidade para outras pessoas (o professor dos anos anteriores, o professor especialista, os gestores da escola, etc.). Já quando se fala em inclusão, existe uma grande diferença, pois toda a escola se prepara para receber qualquer aluno. É importante diferenciar estes conceitos no contexto atual da educação, pois assim conseguimos definir o que é uma escola inclusiva ou não. Como já disse anteriormente, a maioria das escolas hoje integra, mas não inclui. Gosto muito desta afirmação de Mantoan quando se refere à inclusão: "A inclusão implica uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares: planejamentos, formação de turmas, currículo, avaliação, gestão do processo educativo" (Mantoan, 2009, p. 37). Assim precisamos trabalhar na conscientização de todos da importância da inclusão e não integração. Mobilizar a escola para realizar uma inclusão efetiva com a promoção de uma aprendizagem significativa e de qualidade para todos os seus alunos. Referências MACHADO, Rosângela. Educação Especial na Escola Inclusiva: Políticas, Paradigmas e Práticas. São Paulo: Cortez, 2009. MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org.). O Desafio das Diferenças nas Escolas. Petrópolis RJ: Vozes, 2009. Texto escrito por Roseni Martins Florisbal em 04 de agosto de 2013 para o Curso Atendimento Educacional Especializado para alunos surdos CEPAE/UFU

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